Marco Polo del Nero, ex-presidente
da CBF foi banido de forma definitiva de atividades relacionadas ao futebol. A
Fifa anunciou nesta sexta-feira que o Comitê de Ética da entidade decidiu
impedir para sempre que o dirigente possa exercer qualquer função no esporte -
justamente após o fim de duas suspensões, uma de 90 e outra de 45 dias ao
brasileiro.
(Foto: Google/Reprodução) |
A câmara de
decisão concordou com as recomendações da câmara de investigação e considerou o
senhor Del Nero culpado de violar os artigos 21 (suborno e corrupção), 20
(oferecer ou aceitar presentes ou outros benefícios), 19 (conflitos de
interesse), 15 (lealdade) e 13 (regras gerais de conduta) do Código de Ética da
Fifa - diz a nota oficial divulgada pela entidade.
O banimento é
exatamente a mesma punição recebida pelo antecessor de Del Nero, José Maria
Marín. Além de estar impedido de desenvolver qualquer função ligada ao futebol,
Marco Polo terá que pagar uma multa de 1 milhão de francos suíços (R$ 3,5
milhões).
A defesa de Del
Nero informou que vai recorrer da decisão anunciada hoje pela Fifa. O primeiro
recurso será apresentado ao Comitê de Apelação da Fifa. Caso este recurso seja
negado, o passo seguinte será recorrer ao Tribunal Arbitral do Esporte, em
Lausanne, na Suíça - que é a última instância em casos de justiça desportiva.
O banimento de Del Nero ocorre pouco
mais de uma semana depois de Rogério Cabloco ter sido eleito o próximo
presidente da CBF - tendo sido candidato único e contando com o apoio de
Marco Polo. Até Caboclo assumir, em abril de 2019, a entidade continuará sendo
regida pelo Coronel Nunes.
A Confederação
Brasileira de Futebol (CBF) informa que tomou conhecimento, hoje (27), da
decisão do Comitê de Ética da Fifa em relação ao presidente Marco Polo Del
Nero. A entidade esclarece que, em cumprimento à citada decisão e em linha com
seu Estatuto, o vice-presidente Antônio Carlos Nunes de Lima segue à frente da
Presidência - disse a CBF em nota divulgada em seu site.
Da presidência da CBF ao banimento
Eleito
presidente da CBF em 2014, sucedendo José Maria Marín, Marco Polo del Nero
tornou-se alvo de investigações do FBI em 2015, suspeito de envolvimento em
esquemas de corrupção - e desde então não deixou mais o Brasil, onde não é
acusado de nenhum crime. Naquele ano, foi indiciado pelo departamento de
Justiça dos EUA por sete crimes (três de fraude, três de lavagem de dinheiro e
um por integrar uma organização criminosa). Logo depois, o Comitê de Ética da
Fifa abriu uma investigação interna, que demorou a avançar. Depois de
varias suspensões e afastamentos o prazo se expirou justamente nesta sexta(27). (Fonte:
Globoesporte.com)
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